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                          Observe essa TC e responda as perguntas!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                       Imagem sem contraste                                      Imagem com contraste

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                       

 

                                                                      Janela Óssea  

 

 

 

 

  • Qual é o principal achado nessa TC?

  • Que manifestaçãoes clínicas podem estar presentes?

  • Quais são as principais etiologias?

 

 

 

 

 

 

 

RESPOSTAS

  • Grande lesão na substância branca frontal E, com efeito de massa, desviando os núcleos da base e estruturas da linha média. A lesão tem as características de um abscesso: contorno arredondado, cápsula bem definida que se impregna e conteúdo hipodenso. Neste caso, o conteúdo do abscesso, ou seja, o exsudato purulento, sedimentou-se por ação da gravidade, estando o paciente em decúbito dorsal, dando origem a um nível líquido. Superiormente o conteúdo é mais hipodenso, mais líquido. Inferiormente tem mais debris, mais proteína. Observa-se edema perilesional como hipodensidade da substância branca.  Além do abscesso, observa-se também coleção extraaxial com aspecto sugestivo de empiema epidural, com conteúdo hidratado, hipodenso e cápsula espessa.  Tudo isso leva a compressão cerebral, desvio da linha média e hidrocefalia contralateral. Tanto a cápsula do abscesso como a do empiema captam contraste. Na tomografia feita com janela para osso, há destruição das células da mastóide e seu preenchimento por conteúdo líquido. Há destruição bilateral do tegmen tympani (da porção mais superficial do rochedo). A mastoidite foi a causa do abscesso e empiema demonstrados acima, provavelmente por contiguidade. 

 

  • A manifestação clínica mais frequente do abscesso cerebral é a cefaleia, que ocorre em cerca de 70% dos pacientes e costuma ser localizada no lado do abscesso e pode ser severa. Febre ocorre em pouco menos da metade dos casos e alteração do nível de consciência é frequentemente ausente e quando presente pode ser indicativo de hipertensão intracraniana significativa. Rigidez de nuca é descrita em apenas 15% dos casos, ocorrendo principalmente em abscessos do lobo occipital. Achados neurológicos dependem do local do abcesso e podem ser alterações sutis com duração da evolução de dias ou semanas. Mudanças comportamentais podem ocorrer em pacientes com abscessos na região frontal ou em lobos temporais direito. Até 25% dos pacientes apresentam convulsões, que podem se tornar mais evidentes conforme o abscesso aumenta de tamanho e ocorre edema de estruturas vizinhas. Os pacientes com disseminação hematogênica podem apresentar os sintomas da infecção associada.

 

  • Basicamente, existem cinco situações envolvidas no desenvolvimento do abcesso cerebral: 1) idiopática; 2) foco supurativo contíguo ao SNC; 3) disseminação hematogênica de foco infeccioso primário; 4) abertura da dura máter, cirúrgica ou traumática; 5) imunossupressão. A maioria deles  é causada por focos infecciosos contíguos, que se apresentam como uma única lesão superficial. Já os decorrentes da disseminação por via hematogênica, são normalmente múltiplos, profundos e de pior prognóstico, distribuindo-se em áreas de maior fluxo sanguíneo . Os resultados de estudos mais atuais têm mostrado que os anaeróbios foram os que tiveram maior crescimento de sua presença nos abcessos. A flora microbiota é composta principalmente de aeróbios, como o Streptococcus spp, Enterobacteriaceae spp, Staphylococcus spp e Haemophilus spp .Atualmente, oBacteroides spp (B. fragillis e B. melanogenicus), os estreptococos anaeróbios (peptoestreptococos), o Fusobacterium spp e o Propionumbacteriumspp os mais encontrados. Abcessos fúngicos são mais comuns em pacientes imunodeprimidos. O Toxoplasma gondii é o protozoário causador da infecção não-viral mais comum do sistema nervoso em pacientes com síndrome da imunodeficiência humana adquirida.

 

 

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